sexta-feira, 7 de maio de 2010

20ª produção

OS PÁSSAROS DE FOGO
de Dominique Solamens

Ficha técnica e artística:
Tradução: Luísa Pena e A. Leal
Encenação, Dramaturgia, e Dispositivo Cénico: Deolindo Pessoa
Direcção de Cena: Joaquim Maranha
Actores: Carlos Cunha, Deolindo Pessoa, Judite Maria. Henrique Maranha, Joaquim Argel, Nuno Ventura Nuno Neves
Técnicos: Henrique Maranha, Joaquim Argel, Nuno Ventura, Nuno Neves
Substituições no elenco: Joaquim Argel por Nuno Ventura; Nuno Ventura por Nuno Neves
Luz: Carlos Marques
Estreia em 20 de Julho de 1984


Dedicatória
(...)
Lemos esta peça como uma fábula, com a dose habitual de fantasia e a peculiar linguagem poética, além da inevitável lição moral. O tratamento dramatúrgico efectuado visa o publico que elegemos como preferencial, o do nosso concelho, mas consideramos que é capaz de motivar o interesse de toda a gente, mesmo de quem tenha pretensões mais intelectualizadas.
Numa montagem simples, tentou-se que fosse rica de imaginação. Temos a consciência de que ficámos muito aquém de a esgotar, mas também temos a certeza de que nos deu muito gozo montar este espectáculo,. O ideal era que o publico no final da representação sentisse tanto prazer de o ver como nós de o fazer.
A ambiguidade faz parte do espectáculo como o ritual e a surpresa, assim, não adiantamos muito mais, para além de haver dois finais diferentes um para o ar livre outro para um espaço teatral fechado.No final estamos abertos ao debate , não nos julgamos possuidores da verdade absoluta.
(...)
Na vida de um grupo há sempre quem parta, pelas razões mais diversas, e quem fique por motivações bem diferentes.
Porém, algumas vezes quem parte acaba por voltar e o grupo fica mais rico, seja o que for que tenha levado a partir e a regressar.
Quando o CITEC nasceu, houve logo quem acreditasse plenamente nele e oferecesse a sua colaboração, foram os amigos de primeira hora. António Couceiro foi um deles.
Actor amador da velha guarda, formado na escola de naturalismo reinante da região, que o CITEC se recusava seguir, soube aceitar e compreender as novas correntes teatrais sem qualquer espécie de dogmatismo.
António Couceiro um companheiro desde a primeira hora, primeiro com a sua palavra amiga e o conselho fruto da sua experiência, depois com a sua participação activa e uma disponibilidade permanente. Nasceu em 13 de Fevereiro de 1905 e partiu em 29 de Março de 1984, pouco antes ainda andava nos ensaios de “Guerras do Alecrim e Mangerona” onde mais uma vez participava como actor (o que determinou o adiamento da sua estreia).
António Couceiro quase 80 anos vividos com muita música e teatro.
Quando se estreia o primeiro espectáculo após a sua partida, queremos apenas recordar que nem todos os que partem deixam de permanecer no CITEC.
Aqui e Agora desejamos gritar bem alto que nas asas de “Os Pássaros de Fogo” também voa António Couceiro.
Um companheiro para sempre.

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