terça-feira, 20 de outubro de 2009

Comemorações dos 40 anos

O CITEC - Centro de Iniciação Teatral Esther de Carvalho foi fundado em 1970, em Montemor-o-Velho, tendo apresentado o seu primeiro espectáculo em 25 de Julho de 1970, no Teatro Ester de Carvalho. Na Assembleia Geral do CITEC, de 15 de Maio de 2009, foi aprovado comemorar os 40 anos de actividade do grupo de forma adequada, tendo sido eleita uma comissão coordenadora das mesmas.
De momento esta comissão é construída por quatro pessoas: Carlos Alberto Cunha, Deolindo Pessoa e Henrique Maranha (propostos na Assembleia Geral), e Vasco Neves (Presidente da Direcção do CITEC).
A comissão tem reunido regularmente desde 2 de Junho de 2009 e torna agora público o plano das mesmas para que todos os interessados possam dar o seu contributo.
TEC - fachada actual

O inicio oficial das comemorações dos 40 anos do CITEC será em 25 de Julho de 2010 e prolongar-se-ão até 25 de Julho de 2011.

1. Dia 24 de Julho de 2010
Jantar comemorativo dos 40 anos, aberto a todos os que tenham colaborado na actividade do CITEC ao longo da sua existência, mas também a todas as pessoas que estejam interessadas.
O jantar deverá ter muita animação (música, rábulas, café teatro, etc.), espaço para se conviver e reavivar velhas amizades e histórias. Pretende-se a maior participação possível e seja o reaproximar de todos os que por razões várias têm andado afastados das actividades do CITEC.

2. CITEC – que futuro?
Jornada de reflexão sobre a actividade do grupo, viradas para o futuro e não para o passado, embora sem o esbater ou esquecer (ou o novo não nasça do velho e seja novo por isso mesmo).Realizar um simpósio durante um fim-de-semana (sábado), com diferentes painéis (nº a definir), durante a manhã e a tarde, com diferentes convidados que possam dar uma ajuda nesta reflexão.

TEC antes das obras de recuperação

3. Edição de livro
A edição do livro sobre os 40 anos de actividade do CITEC levanta três questões essenciais a garantir: a criação dos conteúdos, a produção gráfica e a angariação dos apoios necessário.
À falta de melhor título poderá ser CITEC – 1970-2010, 40 anos de luta e amor ao teatro e deverá ser apresentado até ao final do ano de 2010.
Na sua estrutura, sujeita a rectificação futura, foram definidos os seguintes pontos:
......a) Resenha histórica (da actividade desenvolvida ao longo dos 40 anos)
......b) Teatro Ester de Carvalho (factos sobre a titularidade e a recuperação)
......c) Criação (espectáculos produzidos durante os 40 anos)
......d) Festival (diferentes fases e objectivos desde o inicio até hoje)
......e) Contributos (externos e internos, de pessoas que passaram pelo grupo)
......f) Anexos (documentos relevantes)
Para além do livro será também feita uma edição em suporte digital com documentos e imagens que complementem e enriqueçam o arquivo histórico do grupo.
Deolindo Pessoa ficou como responsável da coordenação de conteúdos, mas com a necessária colaboração de todos.

TEC actualmente

4. Projectos alternativos
Actividade fora do CITEMOR, de forma a ocupar periodicamente o TEC e a promover a produção regular do CITEC, além de procurar também explorar outros espaços não convencionais existentes em Montemor-o-Velho.

a. Teatro Esther de Carvalho (TEC)
Para o TEC poderá ser produzida uma trilogia de espectáculos comemorativos dos 80 anos de Harold Pinter (10-10-1930 * 24-12-2008).
Propõem-se peças com duas ou três personagens, o que permitirá a produção de três espectáculos. Assim, dispõe-se de “Uma Ligeira Dor” (Slight Ache), com 2 (1f+1m) ou 3 (1f+2m) actores, “Os Anões” (The Dwarfs), com 3 actores (m), “A Cave” (The Basement), com 3 actores (1f+2m), “O Encarregado” (The Caretaker), com 3 actores (m), “O Amante” (The Lover), com 3 actores (1f+2m), “Paisagem” (Landscape), com 2 actores (1f+1m), “Traições” (Betrayal), com 3 actores (1f+2m), e “Cinza às Cinzas” (Ashes to Ashes), com 2 actores (1f+1m).
Também se colocou a hipótese da reposição de um dos primeiros espectáculos do CITEC, tendo sido debatidas hipóteses: “A Curva”, de Tankred Dorst, e “Na Barca com Mestre Gil”, de Jaime Gralheiro a partir de autos de Gil Vicente. Em primeiro lugar tentar-se-á a última, por englobar mais elementos e ter uma estrutura que facilita os ensaios, além de ter ganho um prémio a nível nacional num Festival Nacional de Teatro de Amadores, cuja final foi em Almada. Esta reposição será só para as comemorações dos 40 anos e não para ficar em reportório.

b. Espaços não convencionais
Com o objectivo de explorar diferentes espaços não convencionais existentes em Montemor, com potencialidades teatrais e dignos de serem utilizados, foram consideradas as seguintes hipóteses:
......i. Praça da República – aproveitando os cafés e esplanadas existentes, e com a sua cumplicidade, poderá ser criado um ambiente de café teatro com múltiplos locais de representação de diferentes histórias e situações. Espectáculo criado a partir de textos curtos (Javier Tomeo, Jonathan Swift, Karl Valentin, Mrozeck, etc.).
.....ii. Biblioteca Municipal – espectáculo a partir de contos de Mrozeck, em que os espectadores percorrerem diferentes espaços da biblioteca, como num museu ou galeria de arte. O quadro será repetido como numa sessão de cinema «non stop» durante a duração do espectáculo.
....iii. Claustro do Convento dos Anjos – local adequado para a apresentação duma adaptação livre de “A Missão” de Ferreira de Castro.
Há outros espaços que poderão ser utilizados: Jardim da Feira, Galeria, etc.

5. Núcleo de Amigos
Lançar um Núcleo de Amigos do CITEC tem como grande objectivo agregar todos os que consideram importante a existência do grupo com capacidade para desenvolver a sua acção de forma contínua e consistente.
Boa altura para promover o seu lançamento e criar um regulamento interno com os direitos e os deveres de cada um.

6. Prémio Esther de Carvalho
Criar um prémio de teatro que vise promover o aparecimento de novos textos sobre o teatro nos seus múltiplos aspectos. Terá um prémio pecuniário, será editada em condições a designar. Se a obra premiada for uma peça o CITEC terá os direitos de montagem.
Há que criar o regulamento, constituir o júri e encontrar os parceiros necessários, só depois se deverá avançar para esta iniciativa.

Nota final:
Para a realização destas comemorações a comissão organizadora necessita do apoio e participação activa de todas as pessoas que passaram pelo CITEC ou que entendam como importante a sua continuação.

Esther de Carvalho

Núcleo de Amigos

Lançar um Núcleo de Amigos do CITEC visa apenas aproximar os que por razões várias se afastaram do CITEC e de Montemor-o-Velho, nada mais do que isso.
Na sequência de algumas reacções já recebidas resta apenas acrescentar que nada impede que o mesmo se converta no Núcleo de Amigos do Teatro Esther de Carvalho.
Tudo está em aberto, pode e deve ser discutido. Há é que aproveitar a oportunidade e vivificar a aproximação ao Teatro, ao CITEC e a Montemor-o-Velho.