quinta-feira, 20 de maio de 2010

25ª produção

AS CRIADAS
de Jean Genet
Ficha do espectáculo

Encenação: Jorge Couceiro
Actores:Carlos Marques, Clara Azevedo, Felismina Couceiro, Judite Maranha, Sónia Maia
Montagem: Henrique Maranha, Miguel P. e Sandra M.
Estreia: 16 de Agosto de 1987 no Citemor 87

Critica de Carlos Porto no Diário de Lisboa

24ª produção

SONS E VISÕES NO CASTELO
Guião, Encenação e Música: Júlio Sousa Gomes
Estreia: 15 de Agosto de 1987
Inicio do espectáculo


Cena do espectáculo


Outras cenas do espectáculo

23ª produção

MORGADO DE FAFE AMOROSO
de Camilo Castelo Branco


Encenação, Dramaturgia e Espaço Cénico: Deolindo L Pessoa

Actores: Carlos Alberto Cunha, Carlos Alberto Filipe, Clara Azevedo, Ermezinda Figueira, Felismina Couceiro, Fernando Capinha, José Luis, Nuno Duarte, Sónia Maia e Vitor Filipe.
Direcção de Produção: Fernando Campos
Direcção de Montagem: Augusto Pereira
Luz: Carlos Marques e Pedro Pardal
Som: Emílio Torrão
Caracterização: Carlos A. Cunha
Bonecos: Maria S. José
Responsável do Guarda Roupa: Ermezinda Figueira
Confecção de Guarda Roupa: Américo Cavaleiro, Amilcar Cadima, Floripes Pagaimo, Lícinia Tomé, Lucilia Neto, Lurdes Morais, Manuel Figueiredo, Maria do Carmo Cadima e Vitória Valente
Estreia: 20 de Julho de 1986.

22ª produção

SOPA DE PEDRA
Baseada num conto de Júlio César Machado
Espectáculo para crianças

Ficha técnica
Dramaturgia e Encenação: Jorge Couceiro
Actores: Judite Maranha, Maria São José, Nuno Castilho e Vitor Filipe
Luz e Som: Carlos Marques
Estreia: 28 de Dezembro de 1985

21ª produção

GUERRAS DE ALECRIM E MANGERONA
de António José da Silva, o "Judeu"
Estreia: 22 de Dezembro de 1984
Ficha do espectáculo
Encenação, Dramaturgia e Espaço Cénico: Deolindo Pessoa
Música: Paulo Vaz de Carvalho
Assistente de Encenação e de Direcção de Cena: Vitor Camarneiro
Actores: Antonio Caiado, Carlos A. Cunha, Felismina Couceiro, Fernando Campos, Fernanda Capinha, Isabel Torrão, Judite Maria, Maria S. José, Nuno Duarte e Vitor Filipe
Músicos: Bernardino Gonçalves, Joaquim Maranha e José Maria
Direcção de Produção: Henrique Maranha
Direcção de Montagem: Augusto Pereira
Carpinteiros de cena: Augusto Pereira e José Fernandes
Operadores de Luz: Carlos Marques e Paulo Santos
Operador de Som: Henrique Maranha
Assistentes de palco: Emílio Torrão e Jorge Couceiro
Figurinos: Judite Maria
Confecção de Guarda Roupa: Alice Campos, Amilcar Cadima, Arminda Forte, Conceição Oliveira, Emilia Rocha, Floripes Pagaimo, Lecitina Maranha, Lucilia Neto, Lurdes Caiado, Lurdes Morais, Maria do Carmo Cadima, Maria do Céu Lopes, Maria de Nazaré Oliveira Pereira, Venilde Castilho e Vitoria Valente.
Cartaz: Manuela Miranda
Participaram na montagem: António Correia, António Couceiro, António João Cavaleiro, António Mendes, Francisco Morais, Guadalupe Morais, Hermínio Tomé, José Guerra, Lucinda Duro, Paula Camarneiro e Vasco Palma
Cena do espectáculo

Outra cena do espectáculo
Equipa técnica

sexta-feira, 7 de maio de 2010

20ª produção

OS PÁSSAROS DE FOGO
de Dominique Solamens

Ficha técnica e artística:
Tradução: Luísa Pena e A. Leal
Encenação, Dramaturgia, e Dispositivo Cénico: Deolindo Pessoa
Direcção de Cena: Joaquim Maranha
Actores: Carlos Cunha, Deolindo Pessoa, Judite Maria. Henrique Maranha, Joaquim Argel, Nuno Ventura Nuno Neves
Técnicos: Henrique Maranha, Joaquim Argel, Nuno Ventura, Nuno Neves
Substituições no elenco: Joaquim Argel por Nuno Ventura; Nuno Ventura por Nuno Neves
Luz: Carlos Marques
Estreia em 20 de Julho de 1984


Dedicatória
(...)
Lemos esta peça como uma fábula, com a dose habitual de fantasia e a peculiar linguagem poética, além da inevitável lição moral. O tratamento dramatúrgico efectuado visa o publico que elegemos como preferencial, o do nosso concelho, mas consideramos que é capaz de motivar o interesse de toda a gente, mesmo de quem tenha pretensões mais intelectualizadas.
Numa montagem simples, tentou-se que fosse rica de imaginação. Temos a consciência de que ficámos muito aquém de a esgotar, mas também temos a certeza de que nos deu muito gozo montar este espectáculo,. O ideal era que o publico no final da representação sentisse tanto prazer de o ver como nós de o fazer.
A ambiguidade faz parte do espectáculo como o ritual e a surpresa, assim, não adiantamos muito mais, para além de haver dois finais diferentes um para o ar livre outro para um espaço teatral fechado.No final estamos abertos ao debate , não nos julgamos possuidores da verdade absoluta.
(...)
Na vida de um grupo há sempre quem parta, pelas razões mais diversas, e quem fique por motivações bem diferentes.
Porém, algumas vezes quem parte acaba por voltar e o grupo fica mais rico, seja o que for que tenha levado a partir e a regressar.
Quando o CITEC nasceu, houve logo quem acreditasse plenamente nele e oferecesse a sua colaboração, foram os amigos de primeira hora. António Couceiro foi um deles.
Actor amador da velha guarda, formado na escola de naturalismo reinante da região, que o CITEC se recusava seguir, soube aceitar e compreender as novas correntes teatrais sem qualquer espécie de dogmatismo.
António Couceiro um companheiro desde a primeira hora, primeiro com a sua palavra amiga e o conselho fruto da sua experiência, depois com a sua participação activa e uma disponibilidade permanente. Nasceu em 13 de Fevereiro de 1905 e partiu em 29 de Março de 1984, pouco antes ainda andava nos ensaios de “Guerras do Alecrim e Mangerona” onde mais uma vez participava como actor (o que determinou o adiamento da sua estreia).
António Couceiro quase 80 anos vividos com muita música e teatro.
Quando se estreia o primeiro espectáculo após a sua partida, queremos apenas recordar que nem todos os que partem deixam de permanecer no CITEC.
Aqui e Agora desejamos gritar bem alto que nas asas de “Os Pássaros de Fogo” também voa António Couceiro.
Um companheiro para sempre.

19ª produção

FARRUNCHA
de Jaime Gralheiro

Ficha técnica: Encenação: Joaquim Argel
Actores: Fernando Capinha, Judite Maranha e Vitor Filipe.
Luz e Som: Carlos Marques

Estreia em 17 de Dezembro de 1983

18ª produção

QUEM QUER SOPA SUJA A BOCA
trabalho colectivo
coordenado por Vítor Camarneiro

Actores: Fernando Capinha, Judite Maranha, Paula Camarneiro, Sandra C., Vítor Camarneiro, Vítor Filipe
Luz: Carlos Marques
Som: Fernando Jesus

Estreia em 19 de Dezembro de 1981

quarta-feira, 21 de abril de 2010

17ª produção

NA BARCA COM MESTRE GIL
de Jaime Gralheiro, a partir de textos de Gil Vicente


Cartaz de Carlos Alberto Ferrão

Carlos A. Cunha e António Couceiro

Com este espectáculo o CITEC foi um dos vencedores do III Festival Nacional de Teatro de Amadores.
Ficha técnica e artística:
Encenação: Deolindo L. Pessoa:
Actores: António Couceiro, Carlos A. Cunha, Deolindo Pessoa, Diana Cunha, Dina Melo, Fernando Campos, Fernando Capinha, Francisco Morais, Joaquim Argel, Judite Maria, Marulha Oliveira, Paula Camarneiro, Vitor Camarneiro e Vitor Filipe.
Músicos: António Augusto, António Barata, António Correia, António Mendes, Hilário Campos, Joaquim Maranha, José Maria, Nuno José e Tó João Couceiro.
Luz: Carlos Marques
Som: Fernando Manuel
Contra Regra e Ponto: Joaquim Maranha
Figurinos: Carlos Alberto Ferrão
Costureiras: Alice Campos, Conceição Oliveira, Emilia Rocha, Graciete Correia, Letícia Maranha, Lucilia Neto, Maria do Céu F. Lopes, Mercês Cordeiro, Olga Rocha e Vitória Valente.
Estreia em 17 de Julho de 1981.


"(...) Com esta montagem pretende-se apresentar um Gil Vicente vivo e polémico, ao tomar posição sobre questões concretas da vida (...). Assim a nossa principal preocupação é tirar o pó ao mundo vicentino e trazê-lo para fora do museu onde alguns o pretendem encerrar. Atitude que sabemos à partida não agradar a toda a gente, mas que arriscamos com plena consciência.
Outro ponto importante desta montagem, é o darmos ao actor toda importância neste espectáculo, não o embrulhando num cenário naturalista ou realista. Pensamos ser esta a melhor forma de defender Gil Vicente, apesar do risco que se corre, pois nem sempre se poderá obter a homogeneidade desejada no trabalho dos actores. Porém, com este espectáculo visa-se fazer uma grande festa da forma que irão ver, pois era neste ambiente que Gil Vicente apresentava o seu teatro na corte."
in programa

domingo, 11 de abril de 2010

16ª produção

CONTADOR DE HISTÓRIAS
Texto colectivo coordenado por Vitor Camarneiro

Estreia em 18 de Dezembro de 1979
Actores: Fernando Capinha Lopes, Judite Maranha, Vitor Camarneiro e Vitor Filipe
Som e Luz: Carlos Marques

7º espectáculo para crianças

15ª produção

ORA ADVINHA LÁ O QUE É...
Texto colectivo coordenado por Jorge Camarneiro
Actores: Hilário Campos, Jorge Camarneiro, José Davim, Mário Pardal, Vitor Filipe e Vitor Camarneiro
Som e Luz: Carlos Marques
Estreia em 18 de Março de 1978
no Teatro Ester de Carvalho

6º espectáculo para crianças

14ª produção

TEATRO DOS FANTOCHES
A partir de textos polulares
Dramaturgia e Direcção de Deolindo L. Pessoa

Estreia em 28 de Maio de de 1977.
Actores: António J. Barbosa, Deolindo Pessoa, Maria S. José

5º espectáculo para crianças

13ª produção

O MÁGICO E O PALHAÇO
Texto colectivo baseado num conto popular

Encenação de António José Barbosa
Estreia em 19 de Março de 1977


Actores: António J. Barbosa, Jorge Camarneiro, Mário Pardal, Joaquim Virgílio Forte, Vitor Camarneiro e Vitor Pardal
Luz: Carlos Marques
Som: Pires


4º espectáculo para crianças

sexta-feira, 9 de abril de 2010

12ª produção

O TEMA É MONTEMOR
Texto colectivo com coordenação
e encenação de Deolindo L. Pessoa

Actores:
António José Barbosa, Carlos A Cunha, Deolindo L Pessoa, Francisco Morais, Joaquim Argel e Maria S.José

Direcção de Cena:
Abílio Camarneiro

Estreia em 26 de Dezembro de 1976
EM JEITO DE OPINIÃO
EM JEITO DE CAVAQUEIRA

Tem sido prática corrente dentro do CITEC, auscultar-se a opinião dos seus elementos acerca do que pensam ter sido a sua participação no grupo, neste ou naquele trabalho em particular. Pretende-se com isto não só que cada elemento pense e conclua se valeu ou não a pena, como também recolher eventuais dados que possam de alguma maneira servir para corrigir o rumo do grupo.
Um dia dei conta de que alguns dedos indicadores estavam voltados para mim e quando pousei o meu olhar sobre as bocas estas ditaram: ”Vais dar a tua opinião sobre o TEMA É MONTEMOR"... e calaram-se.
TEMA É MONTEMOR... está bem! Aquele espectáculo que fizemos há já alguns anos atrás. Sim, foi mais um trabalho a que nos dedicamos de alma e coração e que não foi o primeiro, nem o segundo, nem ...pois não? É que já lá vão dez anos desde que o CITEC deu os seus primeiros passos (um passo que se poderia chamar artístico)
Lembro-me agora que sou sócio fundador. É claro que isto não me dá qualquer direito, e ainda bem, pois é sinal que o grupo tem uma vida democrática, onde ninguém conta mais que outro qualquer.
Recordo com saudade a primeira peça que fizemos “A Gota de Mel” de Leon Chancerel. Fazia parte do elenco mas por razões profissionais (que me levaram ás terras de Santarém) tive de o abandonar pois começou a tornar-se impossível participar nos ensaios. Mas de facto esses tempos eram outros: era o começo. Daí para cá tenho feito de tudo um pouco. Já fiz de burocrata, de sonoplasta, de electricista, já fui actor, etc. Aliás penso que uma das vantagens dos grupos amadores é haver oportunidade de se fazer de tudo (não confundir com fazer tudo). Tenho também sido no grupo o que nem toda a gente quer, isto é, por este ou aquele motivo tenho servido do que vulgarmente se chama “tapar buracos”. Não é uma qualificação desonrosa, ao contrário do que possa parecer; tem servido até para demonstrar que o grupo tem uma certa capacidade de “manobra” e de “desenrascanso”. (...)
Por tudo o que fiz, por tudo o que aprendi, pela troca viva e inteligente de opiniões, pela tarefa que nos propusemos realizar desde o 1ª espectáculo “não fazer teatro para ser comodamente digerido nas cadeiras” por tudo o que afinal de bom se pode fazer num grupo de amadores.
ACHO QUE VALEU A PENA
Ah, mas tinham-me dito para eu falar sobre o TEMA É MONTEMOR
Considero que este trabalho colectivo de auto-retrato da capacidade de trabalho do grupo e em particular das pessoas que o integraram. Só quem (como eu) viu nascer minuto a minuto este trabalho, sabe que é verdade, Com o pouquíssimo tempo de que se dispunha para apresentar qualquer coisa (por qualquer coisa entenda-se um espectáculo) acredito que não é possível fazer-se muito mais. Saiu um trabalho que não envergonhou ninguém, aliás, se dúvidas houvesse, possamos socorrer-nos do testemunho, tão claro e favorável como isento dos espectadores.
Considero que o TEMA É MONTEMOR foi o melhor, ou no mínimo, dos melhores trabalhos (colectivos ou não) do grupo.
Em minha opinião foi uma experiência que pode e deve servir de exemplo a seguir.
Argel, Junho de 1980

11ª produção

AS AVENTURAS DE PAMPLONAS
Criação e Encenação de António Veneza e Luis Manuel

3º espectáculo para crianças

Ficha técnica
Estreia em 26 de Dezembro de 1976
Actores: António Veneza, Joaquim Virgílio Forte, Luís Manuel e Giram (Neves)
Som e Luz: Carlos Marques
Texto e Encenação: Antóinio Venrza e Luis Manuel

quinta-feira, 8 de abril de 2010

10ª produção

OPERAÇÃO BRANCA DE NEVE OU A DIREITA NÃO PERDOA
de Alfredo Nery Paiva


Cartaz
Ficha técnica do espectáculo
Estreia em 24 de Abril de 1976
Participaram na peça:
António Couceiro, António João, António José Barbosa, António Luís, Bernardino Gonçalves, Carlos A. Cunha, Carlos Marques, Deolindo Pessoa, Francisco Morais, Fernando Pedro, Henrique Maranha, Joaquim Maranha, Joaquim Virgílio Forte, José Leal, José Maria, José Maurício e Maria S. José.
Confecção dos figurinos:
Alice Jesus, Lecitina Maranha, Maria Nazaré, Palmira Forte, Rosa Pires e Vitoria Valente.
Letra, Música e Interpretação das Canções:
Bernardino Gonçalves
Encenação
Deolindo L. Pessoa
Alice Jesus,Joaquim Virgilio, António Luis, António João, António José Barbosa, Maria S. José; José Maria, Joaquim Maranha, Abilio Camarneiro, Deolindo Pessoa, António Couceiro, José Leal, Fernando Pedro, Carlos A. Cunha, Carlos Marques; Bernardino Gonçalves, Francisco Morais e Henrique Maranha.

domingo, 14 de março de 2010

9ª produção

O REI ARDEU AO SOL
Criação teatral de António Veneza
a partir de uma história de Mário Castrim

2º espectáculo para a infância
Estreia em 28 de Dezembro de 1975

8ª produção

O REI MIRLITÃOde Pierre Gamarra

A montagem deste espectáculo foi um facto bastante importante na vida do CITEC. pois mais de vinte pessoas trabalharam durante mês e meio na sua produção. Foi um trabalho num ritmo bastante intenso, cinco dias por semana e nos fins-de-semana ainda se deram alguns espectáculos com outras peças. E paralelamente também se organizou o Festival de teatro que decorreu de 13 de Julho a 17 de Agosto de 1975, onde este espectáculo foi estreado em 10 de Agosto de 1975. Julgamos ter dado uma amostra capaz das nossas potencialidades de trabalho, ultrapassando todas as expectativas.
A montagem deste espectáculo foi ainda importante, porque permitiu romper definitivamente com certos hábitos de trabalho e apelar ao empenho e o espírito de sacrifício de todos. Só assim foi possivel concretizar algo em que muito poucos acreditavam, mas muita autodisciplina e um forte espírito de grupo permitiu realizar o que até então era tido como impossível.

Carlos A. Cunha, F. Morais Jorge e António Caiado

Carlos A. Cunha, F. Morais Jorge, Vitor Camarneiro, Maria São José, António Veneza, Judite Maranha, José António Serrano, António Caiado e Luis Manuel; José Davim, Jorge Camarneiro, Joaquim Virgilio e José Leal.




Ficha técnica
Estreia em 10 de Agosto de 1975
Participaram na peça: António Caiado, António João, António José Barbosa, António Veneza, Carlos Cunha, Carlos Marques, Francisco Morais, Joaquim Maranha, Joaquim Virgílio, Jorge Camarneiro, José António, José Davim, José Leal, José Maurício, Judite Maria, Luís Manuel, Maria S. José e Vitor Camarneiro.
Costureiras: Graciete Correia, Letícia Maranha, Luciana Abrunheiro, Maria Antonieta, Maria Alice, Maria Nazaré, Olívia Ferreira e Vitória Valente.
Direcção: Deolindo L. Pessoa

7ª produção

Sessões de Poesia
Carlos A. Cunha


Carlos A. Cunha e Bernardino Gonçalves
Realizado em sessões comemorativas de diferentes datas ou eventos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

6ª produção

O MESTRE
de Ionesco
e
OS MALEFICIOS DO TABACO
de Anton Tchekhov

O Mestre
Opinião de um dos actores
Fazer teatro, ou mesmo ver teatro, era coisa que ainda há pouco mais de dois anos não me entusiasmava. No entanto a partir da altura em que integrei o CITEC, comecei a verificar que o “teatro” era algo de fantástico e que podia ser bastante diferente daquele que até aí me fora dado ver, especialmente na televisão.
Comecei, eu e todos os que entraram na mesma altura, uma preparação de uma série de coisas directamente ligadas à criação teatral, a que se chamou a nossa iniciação teatral. Mas todos nós éramos bastante jovens e queriamos era passar de imediato à prática, após algumas semanas de exercícios variados, escolhemos uma peça para se começar a ensaiar.
Todas, ou quase todas, as opiniões recaíram no “MESTRE” de Ionesco, peça em que víamos um conteúdo político satisfatório e significativo para a altura. Esta peça estava proibida pela censura, mas continuou-se a trabalhar nela porque podia revestir-se de uma crítica assaz mordaz a algumas individualidades do sector político e religioso do momento, o que era estimulante.
Desde já, nesta minha primeira experiência teatral é de salientar o espirito verdadeiramente democrático que se verificou ao longo de todo o trabalho, quer na escolha da peça, quer escolha dos personagens ou dos textos a introduzir, o que fez desenvolver entre nós todo um espirito de camaradagem livre e franca. Tivemos um longo período de ensaios que rondou quase um ano, mas isto não nos quebrou a vontade de fazer teatro. Finalmente chegou o dia da estreia que para maior gosto nosso foi precisamente a Semana de Teatro que o CITEC promoveu pela primeira vez em Montemor (Agosto de 1974).
O nervosismo apoderou-se de nós durante a tarde daquele dia, pois naquela noite todos íamos pela primeira vez enfrentar o publico, era invulgar. Finalmente as luzes do palco acenderam-se e eu vi-me diante do público, parece que me senti só e esqueci do que estavam a fitar, e o meu papel e os gestos começaram afluir quase normalmente. Porém, o nosso nervosismo viria a traduzir-se no tempo que demorámos a fazer este espectáculo. Estava programado para durar 75 a 80 minutos, e nós fizemo-lo em 55n minutos.
O público não desgostou e isso foi estimulante, começaram as saídas para fora da vila e de espectáculo para espectáculo sentia-me cada vez mais a vontade, paralelamente novos conhecimentos fui adquirindo.
Num balanço final de que foi a minha primeira experiência, posso dizer que se revestiu de dois aspectos: libertação de complexos ou desinibição e aquisição de um verdadeiro espirito de camaradagem de grupo.
Junho 1975
Luís Manuel



Os Maleficios do Tabaco
O espectáculo era composto por duas peças, com um intervalo. Na segunda parte era apresentada uma versão de "OS MALEFICIOS DO TABACO" de Anton Tchekhov.
Ficha técnica
Estreia em 20 de Agosto de 1974
Participaram como actores:
António J. Barbosa, António Jorge, Carmina Barriga, Deolindo Pessoa, José António, José Leal, José Maurício, Luís Manuel, Maria do Céu, Maria S.José, Marilia Oliveira e Rosa Oliveira.

Montagem, Som e Luz:

António Melanda, António Oliveira, Joaquim Argel, José Maurício


Colaboração:
Henrique Palma, Maria da Luz, Miguel Leitão e Vasco Eloy.


Encenação: Deolindo Pessoa.


Recorte de Jornal

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

5º espectáculo

MEL, PASTEL E UM BONECO DE PAPEL
Este espectáculo surge no seguimento do trabalho de formação interna encetado no final de 1973 e culminou com um elemento do CITEC a frequentar o estágio de animação teatral orientado por Catherine Dasté em Coimbra, de 1 a 11 de Abril de 1974, numa organização do Teatro dos Estudantes de Coimbra (TEUC).

Após algumas sessões, em que se versaram temas relacionados com o teatro infantil, iniciou-se a preparação deste espectáculo. A nossa versão deste espectáculo tinha oito quadros e na criação do seu dispositivo cénico colaboraram todos os elementos que participaram nele.

Foi um espectáculo em permanente aperfeiçoamento e com alterações regulares, em múltiplos aspectos, sempre tendo em conta as diferentes sugestões e criticas que as crianças foram fazendo ao longo das várias representações.

Teve também um papel essencial na formação de actores do grupo, pois sempre se procurou ter um núcleo amplo capaz de manter um ritmo de representações bastante grande.

Com MEL PASTEL E UM BONECO DE PAPEL fez-se um total de 89 (oitenta e nove) espectáculos a que assistiram 28.160 espectadores.

É o espectaculo do CITEC que até agora realizou o maior número de representações, tendo percorrido o país.

Ficha do espectáculo

Estreia em 1 de Junho de 1974 (Dia Mundial da Criança)

Versão realizada a partir do texto montado pelo TEUC

Participaram como actores:

António Caiado, António J Barbosa, António Veneza, Carlos Marques, Cristina Eloy, Deolindo Pessoa, Joaquim Argel, Jorge Camarneiro, José Leal, José Mauricio, Judite Maria, Luís Manuel, Maria do Céu, Maria S.José e Vasco Eloy.

Uma das formações em digressão
(Maria São José, Jorge Camarneiro, João Leal, António José Barbosa; António Augusto, Deolindo Pessoa e António Veneza)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

4º espectáculo

A CURVA

de Tankred Dorst

(…)

No período subsequente houve imensas dificuldades em estabilizar um núcleo duro de pessoas para um trabalho regular, devido à grande hemorragia de jovens, que permitisse um crescimento artístico de forma sustentada e consistente. Foi um sonho sempre perseguido mas frequentemente adiado nesta fase. Daí que projectos como a segunda tentativa de montagem de “À Espera de Godot” de Samuel Beckett, ou de “O Pedido de Casamento”, “O Urso” e “O Aniversário do Banco” de Anton Tchekov tenham falhado. Mas a clara aposta na formação dos elementos do grupo manteve-se inalterável, bem como na escolha de um repertório digno dos objectivos traçados.


Após toda esta grande turbulência houve o desembocar na peça "A Curva" de Tankred Dorst, estreada em 29 de Julho de 1973, onde de novo de forma clara se assumia a intenção de fazer diferente de tudo o que até então existia ou fora realizado no concelho e no Baixo Mondego. Este espectáculo surgiu da sequência de um dos muitos espectáculos vistos e discutidos pelos elementos do grupo, na produção do Grupo 4 encenada pelo Fernando Gusmão. A sua montagem foi mesmo muito determinante para o crescimento artístico do CITEC, para além de ter sido o corte definitivo com o tabu do tempo de duração dos espectáculos e com a utilização do pano de boca. A cena estava toda aberta e os espectadores à medida que iam entrando viam logo tudo o que se passava em palco, os últimos momentos antes do espectáculo propriamente dito começar, desde alguns exercícios de aquecimento físico e vocal até aos retoques finais na caracterização. Na preparação deste espectáculo houve uma acção de formação orientada pelo Fernando Gusmão, que de forma amiga e solidária deu ainda o seu contributo na discussão e análise de pistas para a sua encenação. Com esta produção o CITEC ultrapassou de vez as fronteiras do seu burgo e ganhou a sua carta de alforria.

(…)

* Excerto de “Contributo para a História do CITEC – Montemor-o-Velho (1970-1974)” publicado na Revista Monte Mayor, editado pelo CMMV

Ficha técnica do espectáculo:

Elenco: António Oliveira, Deolindo Pessoa e Henrique Milheiro

Voz off: Marilia Oliveira

Montagem, Som e Luz: António Melanda, Carlos Alberto Cunha, Francisco Morais Jorge, Joaquim Argel, José Maurício, e Miguel Leitão

Encenação: Deolindo L. Pessoa

Estreia: 29 de Julho de 1973.


Opinião de um dos actores

Foi a primeira vez que interpretei uma personagem teatral, com esta peça “A Curva” de Tankred Dorst. A princípio pensava que não tinha jeito nenhum para representar, mas dado que o elemento a quem inicialmente foi distribuído o papel que desempenho não o podia fazer, fui levado para esta experiência nova e não há dúvida que ao fim de algum tempo perdemos todos os complexos e ficamos mais ricos culturalmente.

Demorámos cerca de um ano a ensaiar esta peça (aos fins de semana é claro) e já andamos a representá-la há perto de dois anos e ao fim deste tempo encontro-me também um tanto saturado. Penso que se tenho começado por um papel menos importante, isto é, mais pequeno, porque em teatro tudo é importante (actores secundários, carpinteiros, electricistas, ponto, etc.), talvez não me saturasse assim tão facilmente.

Com isto não quero dizer que abandonei totalmente o teatro amador, continuo a dar-lhe toda a minha colaboração, mas não como actor e sim noutras tarefas que lhe são inerentes.

Quanto ao conteúdo da peça, julgo que é actual (…), tanto mais que pretendemos mostrar às pessoas que o que está mal pode ser transformado para bem de todos. Se porventura não conseguimos que seja claro esta intenção, é porque houve falhas na nossa representação (...). O diálogo final com as pessoas que assistem aos nossos espectáculos é fundamental, para elas e para nós, porque os reparos que nos são feitos servem para aperfeiçoar a nossa representação e capacidade de intervenção.

António Oliveira (Junho de 1975)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

3º espectáculo

OH! QUE DELÍCIA DE COISA

de Miguel Gila


(…)

A instabilidade vivida então por todos os jovens limitava a constituição dum elenco mais ou menos fixo, que desse garantias de futuro. Mas se os resultados da aposta na formação de actores eram incertos havia pelo menos a consolação de se continuar a sua formação como espectadores. Assim, mantinha-se válida a aposta na formação e na busca da estrutura capaz de assegurar um trabalho regular e uma equipa estável.

Nesta perspectiva de formação era fomentada pela ida dos elementos do grupo a espectáculos de teatro, com o pagamento das viagens e de cinquenta por cento dos bilhetes. Posteriormente a análise e discussão dos espectáculos vistos era realizada colectivamente, como forma de estimular o espírito crítico em todos os elementos do CITEC e de os tornar espectadores mais conscientes e activos.

A perfeita noção das limitações teóricas e técnicas existentes determinou muitas leituras, com muita discussão das mesmas e dos caminhos a trilhar. O que sempre foi consensual era o que não se queria fazer, o fazer diferente do que existia. À falta de melhor formação restava o ir ver muitos espectáculos e depois discuti-los, ler tudo o que se encontrava e reflectir sobre essas leituras. E continuar com a produção de peças que fossem estimulantes para todos e permitissem o crescimento do grupo.

O projecto seguinte foi a montagem de “À Espera de Godot” de Samuel Beckett, que se veio a revelar demasiado ambicioso e que abortou por incapacidade de garantir um elenco estável por um período longo de preparação. Este projecto seria talvez mesmo pretensioso para as capacidades do grupo, com o fantasma da guerra colonial a ditar de novo as suas leis.

Após mais uma discussão interna partiu-se para um novo texto, cedido pelo actor Raul Solnado, devido ao empenho do Henrique Milheiro, com o qual se procurou ganhar mais elementos e alargar o nosso público. O espectáculo que se seguiu foi "Oh! Que delícia de coisa" de Miguel Gila, estreado em 25 de Setembro de 1971 no Teatro Ester de Carvalho, mas que foi também apresentado em Santana, Maiorca, Tentúgal e Alfarelos. Foi o crescimento do CITEC para fora de Montemor.

(...)

* Excerto de “Contributo para a História do CITEC – Montemor-o-Velho (1970-1974)” publicado na Revista Monte Mayor, editado pelo CMMV


(...)
Na comemoração do nosso 2º aniversário esperamos que seja possível a realização de um ciclo de teatro no cenário natural que é o Castelo, a principal atracção turística da nossa terra.

Hoje irão assistir a um espectáculo que tinha sido programado para Abril ou Maio, portanto são quatro meses a separar o projecto da realização do mesmo, mas sendo aqui e agora até talvez seja para rejubilar por haver apenas este atraso. A incorporação no serviço militar de uns e o afastamento temporário do nosso convívio de outros, gerou um atraso mais ou menos considerável em todos os nossos projectos.

O espectáculo desta noite fará rir, embora nem sempre caia na piada fácil, porque pretendemos que o publico não consuma e digira este espectáculo comodamente sentado nas cadeiras, rindo quando o fizerem rir. A sua encenação é o resultado da acção de um triunvirato, portanto um somatório de ideias e de conceitos, cujo resultado esperamos que seja o melhor possível. As oscilações que o desempenho apresentar serão fruto das mutações sofridas ao longo do tempo pois a distribuição de personagens apresentadas esta noite foi encontrada à quarta tentativa, daí o tempo perdido.

(...)

* Excertos do texto lido na estreia deste espectáculo em 25 de Setembro de 1971.


(…)

Agora para finalizar, focaremos a razão principal porque viemos aqui. Queremos que o CITEC seja uma equipa, em que todos os elementos comunguem do mesmo sentimento de alegria ou de tristeza. Esta é a ideia básica do nosso pensamento “citequiano” e a razão do nosso existir.

Hoje, para todos nós, é um dia de azáfama e de preocupações, mas no fundo também de prazer, que no final será redobrado se tudo tiver corrido normalmente. Mas na nossa equipa faltam quatro elementos e viemos aqui precisamente para os lembrar.

Um está aqui entre vós, ainda há pouco tempo andava aqui a viver os nossos problemas e deve estar tão nervoso como se estivesse lá dentro a prepara-se para entrar em cena. Outro vi-o hoje de manhã. Metido numa farda verde e de saco de viagem na mão, a ir para não-sei-onde. A estes dois que ainda estão no nosso convívio, queremos apenas lembrar-lhes que continuam a fazer parte da equipa, quando se desfardarem cá os esperamos. Mas hoje queremos recordar, de um modo especial, os outros dois que já estão no outro-lado-do-mar, mas que continuam bem presentes em todos nós, une-nos o fio da esperança e da compreensão, tal qual cordão umbilical que mesmo depois de cortado persiste em unir o fruto a quem o gerou.

Publicamente queremos prestar homenagem ao jovial de Argel e ao eficaz do João Florido, não vamos enumerar o que fizeram, diremos apenas que foram peças fundamentais para o bom funcionamento do CITEC. Por isso, solicitamos a todos vós que quando nos patearem ou aplaudirem, os englobem na vossa pateada ou no vosso aplauso, pois assim reforçarão o cordão umbilical que nos une e os conserva vinculados á equipa que formamos. Esta é a nossa homenagem, que é simultaneamente um pedido.
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* Excertos do texto lido na estreia deste espectáculo em 25 de Setembro de 1971.


Ficha técnica do espectáculo:

Elenco: António Veneza, Carlos Alberto Cunha, Deolindo Pessoa, Henrique Milheiro, João Pimentel Leal, Maria Adelaide Carraco, Maria Elisa Oliveira e Marilia Morais Oliveira.

Montagem, Som e Luz: António José Chaves, António Oliveira, Licínio Cadima e Henrique Maranha.

Caracterização: Carlos Oliveira Cunha

Encenação: Deolindo L. Pessoa

Estreia: 25 de Setembro de 1971.